BBC Audio Live Stations and Schedules.txt
Setor de veículos pesados busca acelerar resultados e reduzir impactos Inova??o Valor Econ?mico.txt
Complexo industrial da Iveco Brasil conta com o único centro de P&D da empresa fora da Europa — Foto: Divulga??o Produzir mais,ículospesadosbuscaacelerarresultadosereduzirimpactosInova??oValorEcon?poker table games e de forma sustentável, tem sido uma preocupa??o constante dos fabricantes de veículos e máquinas agrícolas ou para constru??o. Para alcan?ar esses objetivos, as empresas têm estabelecido centros de P&D no país, tornando-os referência e até base mundial para o desenvolvimento de produtos de alta tecnologia. Inteligência artificial (IA), conectividade, combustíveis alternativos, automa??o e autonomia lideram as tendências do setor, segundo Alexandre Bernardes, vice-presidente da Associa??o Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). A conectividade é vista pela Anfavea como base essencial para integrar tecnologias. Hoje, embora diversas máquinas saiam das fábricas prontas para se conectarem à internet, a infraestrutura ainda limita o pleno uso dessas solu??es. Apenas 33,9% da área de uso agrícola no Brasil conta com cobertura 4G ou 5G. window._taboola = window._taboola || []; _taboola.push({ mode: 'organic-thumbs-feed-01-stream', container: 'taboola-mid-article-saiba-mais', placement: 'Mid Article Saiba Mais', target_type: 'mix' }); Outra tendência muito forte entre os fabricantes é a de descarboniza??o, conta Gustavo Bonini, também vice-presidente da Anfavea: “Há um esfor?o conjunto com fornecedores de energia, produtores de biocombustíveis e até governos locais para viabilizar corredores logísticos sustentáveis”. A CNH, por exemplo — primeiro lugar do setor na pesquisa do anuário Valor Inova??o Brasil 2025 —, visa desenvolver um portfólio completo de máquinas movidas a etanol. Um dos destaques é o Case IH, projeto de máquinas movidas a etanol, com um motor já em fase de testes em campo em uma colheitadeira de cana-de-a?úcar. “A inova??o é recorrente e estratégica, sustentada por uma cultura que avalia as demandas dos clientes, o conhecimento coletivo e a colabora??o”, afirma Rafael Miotto, presidente da CNH para a América Latina. A companhia também atua para tornar essas inova??es acessíveis a produtores de todos os portes, oferecendo solu??es como financiamento, capacita??o e inclus?o digital. Segundo Miotto, todas as inova??es s?o sustentadas pela cultura interna em prol de novas ideias, além de uma estrutura de P&D que conta com 446 colaboradores diretamente envolvidos, quatro centros e 30 parcerias estratégicas com universidades, institutos de pesquisa e startups. Ant?nio Júnior, da Moura: R$ 77 milh?es destinados a P&D e inova??o nos últimos três anos — Foto: Gustavo Bettini/Divulga??o Já a Moura desenvolve baterias e tecnologias em acumula??o de energia para diversas aplica??es — como carros, motos, caminh?es e empilhadeiras. Nos últimos três anos, os investimentos em P&D e inova??o somaram R$ 77 milh?es, com foco na amplia??o de produtos e melhorias nos processos e sistemas. Neste ano, a Moura lan?ou baterias de lítio de 12v e 48v para veículos híbridos leves, que al?aram a companhia a um novo patamar de fornecimento de solu??es de eletromobilidade. “Eles fazem parte de tratativas que temos com as principais montadoras com opera??es na América do Sul. A produ??o e P&D nacionais entregam diferenciais como compatibilidade com os modelos atuais da indústria, garantia de pós-venda e suporte técnico”, afirma Ant?nio Júnior, diretor-geral de acumuladores Moura. A empresa tem adotado a IA para otimizar processos industriais, manuten??o preventiva e estratégias de precifica??o com base em análise de dados. Também mantém um ecossistema de inova??o ativo, com parcerias com a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) e o Instituto Federal de Pernambuco (IFPE). A companhia é a única sul-americana a integrar o Consortium of Battery Innovation (CBI) — principal organiza??o global em pesquisas para evolu??o das baterias chumbo-ácido. Com uma estratégia multienergética, a Iveco tem foco na transi??o sustentável no transporte e se prop?e a oferecer um ecossistema de servi?os e tecnologias de conectividade para aumentar a eficiência operacional dos clientes. “A matriz energética do Brasil, baseada em fontes renováveis, é uma vantagem que posiciona a Iveco como facilitadora de solu??es na regi?o”, afirma o presidente para a América Latina, Marcio Querichelli. Uma das principais apostas é o eDaily, vers?o elétrica do Iveco Daily, linha de veículos comerciais leves para entregas urbanas e opera??es de curta distancia. No leque de produtos, também está o S-Way NG, caminh?o movido a gás natural e biometano. Querichelli revela que, até 2026, a Iveco vai investir R$ 100 milh?es para o desenvolvimento de tecnologias voltadas à eletrifica??o de veículos. E irá destinar mais R$ 510 milh?es em P&D até 2028 para avan?os de tecnologias de propuls?o alternativas. No complexo industrial em Sete Lagoas (MG) está o único centro de desenvolvimento de produtos da empresa localizado fora da Europa. S?o 250 funcionários dedicados a P&D e parcerias com universidades e centros de pesquisa. é o caso, por exemplo, dos acordos com o Servi?o Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) para explorar o uso de IA e com a Universidade Federal de Itajubá (Unifei) para o desenvolvimento de motores movidos a etanol. As pesquisas relacionadas aos motores movidos a etanol também fazem parte do escopo da atua??o de P&D da Bosch no Brasil. O sistema Dual Fuel Diesel-Etanol permitirá que colheitadeiras, locomotivas e caminh?es funcionem com os dois combustíveis. A solu??o foi 100% desenvolvida por pesquisadores brasileiros e pode substituir até 50% de diesel por etanol, reduzindo as emiss?es de CO2. Paulo Rocca, vice-presidente de inova??o e novos negócios da Bosch América Latina, diz que a tecnologia está em testes em bancada e será avaliada no campo em 2026, com previs?o para comercializa??o no ano seguinte. Embora a tecnologia do diesel-etanol tenha sido criada há 12 anos, o projeto foi engavetado porque n?o havia mercado, uma vez que o diesel era subsidiado. “Agora, com a press?o por redu??o de emiss?es, tiramos a ideia da gaveta e reativamos. Fica o aprendizado: inova??o também depende do timing certo.” A preocupa??o com a descarboniza??o também levou a companhia a desenvolver no Brasil a tecnologia CO2 Tracking, que mensura o uso de biocombustíveis nos veículos. Ela calcula, em tempo real e de forma auditável, a quantidade de CO2 que deixou de ser emitida quando se usa etanol em vez de gasolina, por exemplo. Para o agronegócio, uma das inova??es recentes é o Bosch IPS, uma solu??o de plantio inteligente, que atua na plantadeira controlando a distribui??o de sementes e dosagem de fertilizantes. O agro vem sendo um dos focos da Bosch em P&D: neste ano, a empresa inaugurou um centro de pesquisa dedicado ao campo — com ele, agora s?o três centros de P&D (os demais enfocam biocombustíveis e minera??o). Dos dez mil colaboradores no país, cerca de 1,5 mil trabalham exclusivamente com P&D. Os investimentos em P&D s?o de cerca de 8% do faturamento anual — que, no Brasil, somou R$ 8,4 bilh?es no ano passado. Além dos centros próprios, a empresa conta com uma rede colaborativa, incluindo institui??es como a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a Universidade de S?o Paulo (USP), a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o Instituto Eldorado e o Senai. A cada ano, s?o cerca de 15 projetos rodando com parceiros externos. A AGCO, por sua vez, produz e distribui máquinas e tecnologia de precis?o para a agricultura como plantadeiras, pulverizadores, tratores e colheitadeiras. “Os agricultores enfrentam desafios climáticos, econ?micos e de sustentabilidade. Para aumentar a produtividade sem expandir áreas, solu??es inovadoras s?o essenciais”, afirma Paulo Vilela, diretor de engenharia da AGCO. Solu??es recentes têm contribuído significativamente para as receitas da companhia. Após pesquisa para avaliar as necessidades de agricultores, a AGCO desenvolveu o trator Massey Ferguson 8S, com design que reduz o calor, ruído e vibra??es na cabine e com um motor que economiza combustível e diminui as emiss?es de poluentes ao trabalhar em baixas rota??es e alto torque. Outra novidade é o pulverizador Fendt Rogator 900, que recircula o insumo para garantir aplica??o uniforme, reduzindo desperdícios, erros na aplica??o e custos com manuten??o por entupimento. A tecnologia PWM (Modula??o por Largura de Pulso) permite ajustar individualmente a taxa de aplica??o em cada bico, mantendo o volume constante em diferentes velocidades e nas curvas. Neste ano, foi inaugurado o Centro de Excelência de Transmiss?es Reman, em Jundiaí (SP), com investimento de R$ 19 milh?es, oferecendo transmiss?es remanufaturadas que garantem até 30% de economia para produtores e menor impacto ambiental pela reutiliza??o de materiais e redu??o de recursos naturais. Também foram iniciadas as opera??es do Centro de Desenvolvimento de Plantadeiras, em Ibirubá (RS), com aporte de R$ 16 milh?es. Dos 4,3 mil colaboradores da AGCO, 530 trabalham em áreas ligadas a P&D, como engenharia e TI. A companhia busca estimular a cultura da inova??o e a participa??o de todos os funcionários por meio do Programa de Ideias. A AGCO também aposta na inova??o aberta, com parcerias com o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), a Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), em Canoas (RS), e a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), entre outras, além de projetos com startups e o Senai. “Temos um planejamento de cinco anos para lan?amentos. Nosso plano é lan?ar ao menos três solu??es inovadoras por ano”, diz Vilela.