Projeto Educa??o: veja como a estrutura geológica brasileira formada há bilh?es de anos impacta a economia
Prioridade máxima Siderurgia Valor Econ?mico.txt
A descarboniza??o chegou ao topo da agenda da indústria siderúrgica. As produtoras de a?o brasileiras desenvolvem projetos para reduzir suas emiss?es de dióxido de carbono (CO2). As a??es envolvem ampliar o uso de sucata metálica nos processos produtivos,áximaSiderurgiaValorEcon?resotado da lotofácil emprego de gás natural, carv?o vegetal e de energia de origem renovável. Os resultados projetados apontam 20% de redu??o nas emiss?es atmosféricas. A meta das principais siderúrgicas é alcan?ar essa marca até 2030. A descarboniza??o completa da atividade, compromisso assumido pelo setor para 2050, depende de mudan?as estruturais do parque industrial e a ado??o de rotas produtivas que ainda est?o em fase de amadurecimento tecnológico, como o uso de hidrogênio verde na alimenta??o energética dos altos-fornos. window._taboola = window._taboola || []; _taboola.push({ mode: 'organic-thumbs-feed-01-stream', container: 'taboola-mid-article-saiba-mais', placement: 'Mid Article Saiba Mais', target_type: 'mix' }); A indústria siderúrgica global responde anualmente por algo entre 7% a 9% das emiss?es de gases de efeito estufa (GEE) de origem antropogênica. No Brasil, devido ao impacto das queimadas florestais, a produ??o de a?o contribui com cerca de 4% do total de emiss?es, segundo a 4a Comunica??o Nacional do Brasil à Conven??o-Quadro das Na??es Unidas sobre a Mudan?a do Clima (UNFCC). Leia mais: Novo PAC anima, mas crédito ainda é um desafioGrandes consumidores esperam retomada, que pode vir só em 2024Máquinas e equipamentos têm queda na receita líquidaDiversidade e inclus?o tornam-se estratégicasAtra??o de talentos depende de benefícios mais flexíveis “é um índice alto e o setor está consciente e empenhado em sua redu??o”, diz Jefferson de Paula, presidente da ArcelorMittal e do conselho do Instituto A?o Brasil. “é também uma necessidade mercadológica”, afirma Titus Schaar, presidente da Ternium. “Cada vez mais, grandes consumidores de a?o, como a indústria automobilística, definem suas compras levando em considera??o o inventário de carbono dos insumos.” De acordo com a World Steel Association, a emiss?o atmosférica de GEE da indústria do a?o vem aumentando no mundo. Em 2021, chegou a 1,91 tonelada de CO2 por tonelada de a?o bruto fundido. Analistas internacionais avaliam que é resultado de uma maior participa??o de a?o chinês no mercado, país que responde por mais de 50% da produ??o global e apresenta altos índices de emiss?es de poluentes. No Brasil, a média de emiss?es é de 1,7 tonelada de CO2 por tonelada de a?o produzido. A performance nacional é resultado de uma participa??o de 11% de carv?o vegetal, com origem em florestas plantadas, em substitui??o ao carv?o mineral nos altos-fornos. E também de participa??o de 22% na produ??o total proveniente de mini-mills, pequenas usinas que usam fornos elétricos para a transforma??o de sucatas. As mini-mills emitem em média 0,67 tonelada de CO2 por tonelada de a?o produzido, informa a World Steel, enquanto a tonelada de a?o em altos-fornos emite 2,32 toneladas de CO2. A maior produtora brasileira em mini-mills é a Gerdau, que tem 71% de sua produ??o originada no processamento anual de 11 milh?es de toneladas de sucata metálica. A empresa também possui 250 mil hectares de florestas plantadas que geram carv?o vegetal para a produ??o em altos-fornos. Transi??o n?o ocorre devido ao alto custo do gás natural” — Marco Polo Lopes As duas estratégias permitem à companhia apresentar um índice geral de 0,89 tonelada de CO2 por tonelada de a?o. “Nossa meta é reduzir para 0,83 tonelada de CO2 por tonelada de a?o até 2031”, diz o CEO, Gustavo Werneck. As mini-mills s?o eletrointensivas. Em 2022, a divis?o de novos negócios Gerdau Next assinou uma parceria com a Newave Energia com o objetivo de investir em projetos greenfield de gera??o eólica e solar com capacidade de 2,5 gigawatts (GW) até 2026. Nas grandes usinas integradas, que usam minério de ferro em seus processos produtivos, o gás natural pode substituir parcialmente o uso de coque e do carv?o mineral como combustível dos altos-fornos. O gás natural emite 50% menos GEE do que o carv?o mineral. A siderurgia brasileira consome 3,4 milh?es de m3 de gás natural em seus processos produtivos e poderia elevar esse consumo para 25 milh?es de m3. “Essa transi??o n?o ocorre devido ao alto custo do gás natural no Brasil”, diz Marco Polo de Mello Lopes, presidente executivo do A?o Brasil. O gás natural no Brasil é comercializado na casa de US$ 16,8 por milh?o de BTU (unidade de medida do gás). Nos Estados Unidos e no México, o valor é de US$ 6,9 por milh?o de BTU. A ArcelorMittal, maior produtora de a?o no Brasil, com capacidade total de produ??o de 12,5 milh?es de toneladas anuais, tem planos para o uso de gás natural em suas unidades de Tubar?o (ES) e Monlevade (MG). A companhia, porém, ainda n?o decidiu levar adiante o projeto, devido aos pre?os do gás natural. “é impraticável”, diz De Paula. “Nosso a?o n?o teria competitividade no mercado”, afirma. Vamos atingir o carbono neutro em 2050” — Frederico Ayres Lima Em média, as emiss?es da ArcelorMittal s?o de 1,6 tonelada de CO2 por tonelada de a?o bruto produzido. A produ??o em altos-fornos soma 11 milh?es de toneladas e emite, em média, 1,6 tonelada de CO2 por tonelada de a?o. “Vamos reduzir esse índice em 10% até 2030”, afirma De Paula. A sucata já é misturada ao ferro-gusa em uma média de 27% nos altos-fornos da companhia. Cada tonelada de sucata utilizada evita a emiss?o de 1,5 tonelada de CO2. A empresa agora elabora um cronograma para incorporar progressivamente o carv?o vegetal nas unidades de Tubar?o e Monlevade. A Ternium, em sua unidade em Santa Cruz, na cidade do Rio de Janeiro, tem capacidade de produ??o de 5 milh?es de toneladas de a?o por ano. As emiss?es s?o de 2,2 toneladas de CO2 por tonelada de a?o produzido em seus altos-fornos. A meta é reduzir as emiss?es para 1,8 tonelada de CO2 até 2030 por meio de investimentos estimados em R$ 500 milh?es. Em 2019 a empresa foi pioneira no mundo ao adotar o biometano como fonte energética de seu alto-forno e o uso de gás natural é uma possibilidade que aguarda viabilidade econ?mica. “A próxima a??o é um investimento de R$ 150 milh?es em equipamentos que ir?o permitir à empresa utilizar até 60 mil toneladas de sucata por mês em seu processo produtivo” diz Titus Schaar. Em mar?o, a Ternium assumiu o controle da Usiminas e uma das primeiras miss?es do novo CEO, Marcelo Chara, é desenvolver um plano de descarboniza??o da companhia. “Os principais pilares v?o ser eficiência energética, o uso de gás natural, se conseguirmos pre?os competitivos, e maior uso de sucata”, afirma Chara. A descarboniza??o é uma a??o que ganhou caráter de urgência na companhia, após a Justi?a de Minas Gerais bloquear recursos da empresa em setembro por conta da polui??o atmosférica na unidade de Ipatinga, na regi?o do Vale do A?o. Na Aperam, produtora de a?o inox, os dois altos-fornos da usina de Timóteo (MG), que tem capacidade instalada para 900 mil toneladas de a?o líquido, já operam exclusivamente com carv?o vegetal de origem em florestas plantadas Em 2022, a unidade registrou emiss?o de 0,32 tonelada de CO2 por tonelada de a?o. “Vamos reduzir em 30% as emiss?es até 2030 e atingir o carbono neutro em 2050”, diz Frederico Ayres Lima, diretor-presidente da companhia na América do Sul.