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Toca-discos: como saber se o aparelho é de boa qualidade antes de comprar

1 de 1 Toca-discos: como saber se o aparelho é de boa qualidade antes da compra — Foto: Wagner Magalh?es/g1

Nas lojas brasileiras,o le?o puxa o quê no jogo do bicho existem basicamente dois tipos de aparelhos para reproduzir discos de vinil: as vitrolas “maletinhas”, que ficam na faixa dos R$ 300 a R$ 400, e as mesas toca-discos, que costumam ser importadas e s?o bem mais caras, come?ando em R$ 1.000 e podendo chegar aos R$ 8.000.

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Mas, para quem coleciona vinis ou quer mergulhar de fato nesse universo, ir pelo mais barato pode ser um erro. “Há um abismo de qualidade entre os dois tipos e, no Brasil, n?o tem meio-termo”, diz Rodrigo Nogueira, colecionador de discos e dono do canal “Tioz?o do Vinil” no YouTube.

Vale apontar ainda que a maioria dos toca-discos requer amplificador e caixas de som independentes para que se possa ouvir música. O pré-amplificador também é necessário, mas os modelos modernos costumam ter um embutido.

Segundo Nogueira, as “maletinhas” chamam aten??o por já virem com todos esses complementos embutidos, mas a qualidade do áudio n?o chega a compensar.

As vitrolas do tipo "maleta" podem estragar os discos, já que n?o contam com uma série de recursos feitos para evitar arranh?es no vinil.

Outra op??o é adquirir um aparelho com conectividade bluetooth, que você pode conectar à sua caixinha de som ou aos fones de ouvido e ouvir sem necessidade de cabos.

Abaixo, veja quatro modelos de toca-discos – todo com tecnologia bluetooth – com pre?os de R$ 1.500 a R$ 7.800, consultados em novembro nas principais lojas da internet.

No fim da reportagem, leia as dicas para saber como escolher um aparelho de boa qualidade.

O modelo AT-LP60XBT, da Audio-Technica, funciona com ou sem fios, já que conta com o cabo RCA e com conex?o bluetooth.

é o mais barato da lista, custando R$ 1.500, em novembro, nas grandes lojas on-line.

Vem com cápsula magnética do tipo "dual moving magnet", uma tecnologia que permite captar melhor os tons graves, e agulha de diamante substituível.

O aparelho é acionado por correia e totalmente automático. Pode tocar discos nas velocidades 33-1/3 rpm e 45 rpm. Além disso, vem com pré-amplificador embutido.

As dimens?es do produto s?o de 35,9 cm x 9,7 cm x 37,3 cm (largura x altura x profundidade). O peso é de 2,6 kg.

A garantia é de 1 ano.

O PLX-500 da Pioneer é um modelo voltado para ser usado com mesas de DJ e, por isso, conta com cabo USB para facilitar a digitaliza??o de discos de vinil.

Além da saída USB, o toca-discos possui saída para cabo RCA e conex?o bluetooth. Ele também é compatível com mesas de mixagem, especialmente as da marca Pioneer.

O modelo vem com uma agulha c?nica de diamante e cápsula magnética do tipo "moving magnet", que é mais resistente e, portanto, ideal para o uso por DJs.

O PLX-500 vem com pré-amplificador embutido e permite controlar a velocidade entre 33-1/3 rpm, 45 rpm e 78 rpm.

O produto pesa 1,6 kg e mede 45 cm x 15,9 cm x 35,7 cm (largura x altura x profundidade). A garantia n?o foi informada pela fabricante.

O pre?o do modelo era R$ 4.350, em novembro, nas lojas on-line consultadas.

O diferencial do modelo VT-E Elemental Line da Pro-Ject é seu design: ele foi feito para ser montado verticalmente, podendo inclusive ser instalado na parede.

Além disso, o produto também é o mais caro da lista, sendo encontrado por R$ 7.800, em novembro, nas principais lojas da internet.

O aparelho vem com a cápsula magnética Ortofon OM 5E, do tipo "moving magnet", e agulha elíptica de diamante. Também tem pré-amplificador embutido.

O VT-E possui saída de áudio tipo RCA e compatibilidade para conex?o bluetooth. Permite controle de velocidade manual entre 33 rpm e 45 rpm.

As dimens?es do modelo s?o de 43, cm x 34,5 cm x 24,5 cm (largura x altura x profundidade) e o peso é de 2,8 kg.

A garantia n?o foi informada pela fabricante.

O PSLX310BT é o toca-discos sem fio da Sony. Além da conectividade bluetooth, ele também possui uma saída de áudio do tipo RCA e uma saída USB para digitaliza??o dos discos.

O modelo já vem com pré-amplificador embutido. Sua cápsula é magnética, do tipo “moving magnet”, e a agulha é c?nica e de diamante.

Oferece regulagem da velocidade de rota??o entre 33-1/3 rpm e, com adaptador, 45 rpm.

O aparelho pesa cerca de 3,5 kg e mede 43 cm x 10,8 cm x 36,7 cm (largura x altura x profundidade).

Com garantia de 3 meses, o produto custava R$ 5.100, em novembro, quando consultado nas lojas on-line.

No que prestar aten??o na hora da compra

COMO SABER SE A QUALIDADE é BOA? Comece pelo básico, que é o material de fabrica??o. Os modelos produzidos em metal podem ser mais pesados, mas também s?o mais robustos e menos frágeis do que os em plástico.

Isso influencia na durabilidade e na estabilidade – aparelhos mais pesados e com pés macios ajudam na absor??o de vibra??es, evitando que a agulha "pule" e danifique o disco.

Em seguida, confira os materiais de pe?as específicas. “As principais pe?as pelas quais você consegue aferir qualidade s?o a cápsula e a agulha”, diz Rodrigo Nogueira.

A agulha se encaixa nos sulcos do disco de vinil, captando as vibra??es geradas ao percorrer sua superfície.

A cápsula é o dispositivo que lê os movimentos da agulha e os transforma em impulsos elétricos, que, por sua vez, poder?o ser reproduzidos por um aparelho de som como música.

“A cápsula de ceramica e a agulha com ponta de rubi ou de safira têm qualidade de capta??o muito baixa e devem ser evitadas”, diz Nogueira. “Já as cápsulas magnéticas e as agulhas com ponta de diamante s?o melhores e ainda possuem durabilidade maior”, recomenda.

O formato da agulha também influencia no som: “A agulha elíptica é de melhor qualidade porque ela consegue se aprofundar mais dentro dos sulcos. Mas a c?nica, que é a mais comum, n?o é ruim, só n?o é t?o boa”, explica o colecionador.

DE OLHO NA REGULAGEM O toca-discos é um aparelho de precis?o, portanto é interessante que o modelo possibilite algumas op??es de regulagem.

“Os pontos mais importantes s?o a regulagem do contrapeso do bra?o e a de anti-skating”, comenta Nogueira.

O contrapeso é um mecanismo que suaviza a for?a exercida pela agulha sobre o disco. Isso ajuda a evitar que os sulcos se alarguem ou deformem.

O anti-skating serve para impedir que a agulha se desestabilize e escorregue em dire??o ao centro do disco, o que pode romper os sulcos e danificar o produto.

“Bons toca-discos também oferecem a capacidade de fazer upgrades, ou seja, de substituir as cápsulas e agulhas que vêm com o aparelho por modelos melhores, comprados em avulso”, completa o colecionador.

é possível encontrar substitui??es para essas pe?as na internet ou em lojas especializadas, mas tenha em mente que você deve conhecer os tipos de cápsula e agulha originais do seu toca-discos para encontrar um modelo compatível.

Outro aspecto para prestar aten??o s?o se as op??es de velocidade de rota??o do aparelho – medida em rota??es por minuto (rpm) – condizem com os discos da sua cole??o.

A grande maioria dos vinis costuma ser reproduzido nas velocidades 33-1/3 rpm e 45 rpm. Outros, mais raros, s?o reproduzidos em 78 rpm. Se alguma música parece estar mais rápida ou mais lenta do que deveria, significa que a velocidade de rota??o do toca-discos n?o está adequadamente configurada para aquele disco.

Vale lembrar que os modelos do tipo maletinha n?o costumam vir com op??es de regulagem ou de upgrades como os mencionados acima.

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