Cadê meu trampo? #06: Potências Periféricas – o papel dos projetos sociais na empregabilidade do jovem
Rejei??o de Engler pesou para vitória de Fuad Noman em Belo Horizonte, avalia cientista político Elei??es 2024 Valor Econ?mico.txt
Na elei??o para prefeito de Belo Horizonte deste ano,??odeEnglerpesouparavitóriadeFuadNomanemBeloHorizonteavaliacientistapolíticoElei??esValorEcon?loteria 1940 o nível de rejei??o de cada candidato teve mais peso que a influência dos padrinhos políticos. Para o cientista político Adriano Cerqueira, professor do Ibmec e da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), o alto nível de rejei??o ao candidato Bruno Engler (PL) foi determinante na virada de votos para o atual prefeito Fuad Noman (PSD), reeleito neste domingo (27) com 53,73% dos votos válidos, contra 46,27% do adversário bolsonarista. Leia mais: Resultados municipais tiram for?a da polariza??o entre Lula e Bolsonaro Lula x Bolsonaro: Saiba quem "elegeu" mais prefeitos no 2o turno Tarcísio é líder estadual e problema do Centro é n?o ter op??es majoritárias, diz Kassab window._taboola = window._taboola || []; _taboola.push({ mode: 'organic-thumbs-feed-01-stream', container: 'taboola-mid-article-saiba-mais', placement: 'Mid Article Saiba Mais', target_type: 'mix' }); A pesquisa Datafolha divulgada no sábado (26) apontava Engler com rejei??o de 48%, ante 36% de Fuad. “A vitória de Fuad Noman era de certo modo esperada por conta da rejei??o do Bruno Engler, que era maior. O fato de ser identificado como bolsonarista tornou o Engler mais conhecido, mas também atraiu o seu ‘a(chǎn)nti-eleitorado’. O Fuad virou uma alternativa mais palatável para a centro-esquerda e esquerda”, avaliou Cerqueira. O cientista político observou que a esquerda n?o conseguiu colocar candidato no segundo turno em Belo Horizonte, um sinal de alerta para a necessidade de mudar a abordagem para atrair os eleitores. “Engler foi o mais votado no primeiro turno. O que o levou a perder foi a rejei??o alta. Fuad por ser mais ao centro foi menos rejeitado”, afirmou. Cerqueira acrescentou que em S?o Paulo, o candidato Guilherme Boulos (Psol), que foi derrotado no segundo turno, também tinha nível de rejei??o maior que o do prefeito Ricardo Nunes (MDB). A última pesquisa do Datafolha indicou 52% de rejei??o a Boulos e 37% de rejei??o a Nunes. O prefeito se reelegeu com 59,35% dos votos válidos, contra 40,65% de Boulos. O cientista político vê um fortalecimento do centro e da direita nesta elei??o, com avan?o principalmente do PSD e Republicanos. “O PL sai como farol da direita no Brasil. O PT ainda é o farol da esquerda, mas o PSB ganha mais espa?o e deve reivindicar esse lugar”, afirmou. Em entrevista à GloboNews de manh?, Fuad Noman considerou que chegou ao segundo turno gra?as ao apoio de uma parcela da esquerda que, com medo de ter dois candidatos de direita para disputar a prefeitura, preferiu migrar votos para o pessedista. “Esse grupo que ofereceu nos apoiar fez uma grande diferen?a para irmos para o segundo turno. Refor?amos a imagem do prefeito gestor e com outros apoios conseguimos uma virada”, afirmou Fuad. O prefeito reeleito disse se considerar uma pessoa de centro progressista. “Eu apoiei o Lula em 2022 porque ele prometeu que ia ajudar Belo Horizonte se fosse eleito e ele tem feito isso, já liberou mais de R$ 1 bilh?o do [Novo] PAC [Programa de Acelera??o do Crescimento]”, disse Fuad. Questionado sobre um possível apoio ao presidente nas elei??es de 2026, Fuad disse que vai avaliar a posi??o do PSD. “Se o PSD tiver um candidato, vou apoiar esse candidato. Mas se o partido resolver apoiar o presidente Lula, eu vou apoiar. Só n?o vou apoiar, e acredito que o partido n?o irá apoiar também, é um candidato de extrema direita”, afirmou o prefeito reeleito. Em rela??o aos planos para a capital mineira, Fuad disse que pretende primeiro concluir as obras de conten??o de enchentes ainda inacabadas e pedir ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) para transferir ao município a administra??o do Anel Rodoviário, ou pelo menos autoriza??o para realizar interven??es. “Temos um bairro para ser construído, onde era o Aeroporto Carlos Prates e que precisa de recurso do governo federal para constru??o de 4,5 mil moradias”, acrescentou. Fuad disse ainda que fará uma parceria com a Faculdade de Ciências Médicas para um hospital para tratamento de cancer atendido 100% pelo Sistema único de Saúde (SUS). O hospital vai funcionar no bairro Santo Agostinho, na regi?o centro-sul de Belo Horizonte. A capacidade é para atendimento diário de 1 mil pessoas. A previs?o é que o hospital tenha capacidade para realizar 2,5 mil cirurgias e 17,4 mil procedimentos de quimioterapia por ano.
